"É a
década de 60 nos Estados Unidos da América. O país avança em direção às
batalhas finais contra os preconceitos raciais. Época de Hairspray (musical da Broadway e posterior filme) e a ascensão de
Stevie Wonder, cantor cego e negro que, anos depois, faria mais sucesso que
alguns brancos com a visão saudável dos dias de hoje.
Ainda
assim, as coisas são diferentes em Jackson, no estado do Mississipi. Estamos em
uma cidade em que, como em qualquer cidade pequena, todos se conhecem e
qualquer notícia é assunto para sair da monótona rotina. Os negros vivem em
bairros separados dos brancos e trabalham para eles, nas posições baixas, é
claro. Ninguém nunca se questionou sobre o jeito como as coisas são. Mas um
livro não seria um livro se não tivéssemos um ápice de conflito do qual falar.
É
comum as mulheres negras servirem de babás e empregadas nas casas das senhoras
brancas em Jackson. Estas, ausentes nas vidas de seus filhos, ficam mais do que
gratas em entregar os pequenos moleques a outra pessoa para poderem se ocupar
com as múltiplas e indispensáveis atividades das senhoras brancas, tais como:
Clube de Bridge, costura, reuniões exclusivamente femininas de ligas
exclusivamente femininas, jardinagem e outros importantes afazeres.
Esta é a história de
Aibileen Clark, uma dessas empregadas negras. Aibileen já cuidara de dezessete
crianças no ponto da história do qual falamos. A própria menciona em uma de
suas narrações, no entanto, que, diferente de suas companheiras, ela não
costuma permanecer com a mesma família por tantos anos; Aibileen parte quando
as crianças das quais cuida já começam a descobrir que existe uma diferença hierárquica entre brancos e negros; Que os
brancos são melhores do que os negros; Que os negros são sujos.
Aibileen é a empregada
de Elizabeth Leefolt, que, por sua vez, é amiga de infância de Hilly Holbrook e
Skeeter Phelan. Hilly é conhecida entre os negros da cidade pela sua – silenciosamente
aceita – capacidade de manipulação. A última empregada da mãe de Hilly, Minny
Jackson, não tinha uma relação muito boa com ela tampouco. Melhor amiga de
Aibileen, Minny é extremamente desbocada e perde um emprego depois do outro
porque não consegue segurar a própria língua.
Skeeter, por outro
lado, é a primeira a sentir que as coisas precisam ser mudadas. Algumas vezes
por mês aparecem nos jornais as manchetes de agressões a negros. Negros que se
arriscaram a protestar. Negros que se enganaram e usaram o banheiro dos
brancos. Negros que tinham algo a dizer e foram calados antes de enunciar.
Skeeter é uma mulher peculiar. Ela não sonha com um casamento feliz, filhos bem
alimentados e uma boa empregada para cuidar da casa; Quer ser escritora. Ela
foi criada por uma empregada negra também, a qual desaparecera sem deixar
rastros para Skeeter seguir.
Skeeter inicia um
projeto audacioso em busca de seu caminho rumo ao seus sonhos. Uma empreitada
tão perigosa tanto para ela, quanto para as pessoas que a cercam, que tem que
ser mantida em segredo; Um livro que conte a história das empregadas negras de
Jackson – suas experiências, infortúnios, as relações com as patroas brancas e
o ambiente racista. Para isso, ela conta com a ajuda de Aibileen e da sua
própria coragem.
Aclamado pela
crítica e best-seller nos EUA, A Resposta
traz a história de – Minny, Skeeter e Aibileen - três mulheres especiais
com um desejo, por vezes oprimido, de melhorar as coisas. Baseado no livro
escrito por Kathryn Stockett, o filme
Histórias Cruzadas foi sucesso de
bilheteria e traz um elenco de estrelas indicado prêmios. Uma excelente
representação da sociedade estadunidense da época, A Resposta é uma história envolvente e criticamente prazerosa sobre
os limites que respeitamos e os que devemos ultrapassar."
Dissertação da aluna Clara Suit Queiroz.
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