quinta-feira, 19 de julho de 2012

A resposta.


"É a década de 60 nos Estados Unidos da América. O país avança em direção às batalhas finais contra os preconceitos raciais. Época de Hairspray (musical da Broadway e posterior filme) e a ascensão de Stevie Wonder, cantor cego e negro que, anos depois, faria mais sucesso que alguns brancos com a visão saudável dos dias de hoje.
Ainda assim, as coisas são diferentes em Jackson, no estado do Mississipi. Estamos em uma cidade em que, como em qualquer cidade pequena, todos se conhecem e qualquer notícia é assunto para sair da monótona rotina. Os negros vivem em bairros separados dos brancos e trabalham para eles, nas posições baixas, é claro. Ninguém nunca se questionou sobre o jeito como as coisas são. Mas um livro não seria um livro se não tivéssemos um ápice de conflito do qual falar.
É comum as mulheres negras servirem de babás e empregadas nas casas das senhoras brancas em Jackson. Estas, ausentes nas vidas de seus filhos, ficam mais do que gratas em entregar os pequenos moleques a outra pessoa para poderem se ocupar com as múltiplas e indispensáveis atividades das senhoras brancas, tais como: Clube de Bridge, costura, reuniões exclusivamente femininas de ligas exclusivamente femininas, jardinagem e outros importantes afazeres.
Esta é a história de Aibileen Clark, uma dessas empregadas negras. Aibileen já cuidara de dezessete crianças no ponto da história do qual falamos. A própria menciona em uma de suas narrações, no entanto, que, diferente de suas companheiras, ela não costuma permanecer com a mesma família por tantos anos; Aibileen parte quando as crianças das quais cuida já começam a descobrir que existe uma diferença hierárquica entre brancos e negros; Que os brancos são melhores do que os negros; Que os negros são sujos.
Aibileen é a empregada de Elizabeth Leefolt, que, por sua vez, é amiga de infância de Hilly Holbrook e Skeeter Phelan. Hilly é conhecida entre os negros da cidade pela sua – silenciosamente aceita – capacidade de manipulação. A última empregada da mãe de Hilly, Minny Jackson, não tinha uma relação muito boa com ela tampouco. Melhor amiga de Aibileen, Minny é extremamente desbocada e perde um emprego depois do outro porque não consegue segurar a própria língua.
Skeeter, por outro lado, é a primeira a sentir que as coisas precisam ser mudadas. Algumas vezes por mês aparecem nos jornais as manchetes de agressões a negros. Negros que se arriscaram a protestar. Negros que se enganaram e usaram o banheiro dos brancos. Negros que tinham algo a dizer e foram calados antes de enunciar. Skeeter é uma mulher peculiar. Ela não sonha com um casamento feliz, filhos bem alimentados e uma boa empregada para cuidar da casa; Quer ser escritora. Ela foi criada por uma empregada negra também, a qual desaparecera sem deixar rastros para Skeeter seguir.
Skeeter inicia um projeto audacioso em busca de seu caminho rumo ao seus sonhos. Uma empreitada tão perigosa tanto para ela, quanto para as pessoas que a cercam, que tem que ser mantida em segredo; Um livro que conte a história das empregadas negras de Jackson – suas experiências, infortúnios, as relações com as patroas brancas e o ambiente racista. Para isso, ela conta com a ajuda de Aibileen e da sua própria coragem.
Aclamado pela crítica e best-seller nos EUA, A Resposta traz a história de – Minny, Skeeter e Aibileen - três mulheres especiais com um desejo, por vezes oprimido, de melhorar as coisas. Baseado no livro escrito por Kathryn Stockett, o filme Histórias Cruzadas foi sucesso de bilheteria e traz um elenco de estrelas indicado prêmios. Uma excelente representação da sociedade estadunidense da época, A Resposta é uma história envolvente e criticamente prazerosa sobre os limites que respeitamos e os que devemos ultrapassar."
Dissertação da aluna Clara Suit Queiroz. 

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