O novo país tem 9 milhões de
habitantes, entre cristãos e animistas. Segundo relatório da organização de
vigilância Global Witness em Londres, 90% dos sudaneses do sul vivem com menos
de US$ 1 por dia. O Estado tem a mais alta taxa de mortalidade materna do
mundo, e 1 a cada 8 crianças morrem antes de completar 5 anos.
Carente de condições básicas e
de infraestrutura, o Sudão do Sul, no entanto, é rico em petróleo. Mas o “ouro
negro” precisa ser levado para refinarias no Sudão, de onde o produto é escoado
pelo Mar Vermelho, graças a dois imensos oleodutos. Os países dividem as
receitas.
Os conflitos entre os árabes
muçulmanos do norte e os negros do sul começaram em 1956, um ano antes da
independência do Sudão em relação ao Reino Unido. Houve combates intensos em
torno de terras e recursos naturais. A última guerra terminou em 2005, com a
assinatura de um acordo de paz que previa a realização de um referendo em
janeiro de 2011, para que os sudaneses do sul decidissem ou não pela separação.
Quase todos votaram a favor da criação de um novo Estado. No Sudão, mais
populoso e com o triplo da área, ficaram 31 milhões de habitantes.
Em reportagem publicada em
abril, o jornalista Lourival Sant’Anna, enviado especial do Estado aos
dois países, conversou com vários sudaneses sobre a separação. Os habitantes do
norte sentiam-se rejeitados e prejudicados; os do sul, aliviados e otimistas.
Os EUA se dizem preparados para
ajudar os dois países e exigiram que eles acertem o fim das hostilidades na
fronteira – que ainda não tem limites bem demarcados. Em artigo publicado
em julho no jornal The Washington Post, a secretária de Estado
americana, Hillary Clinton, pediu a retomada das negociações e deixou dois
recados. Ao Sudão do Sul, para que construa um “governo democrático, que
respeite os direitos humanos e forneça serviços com transparência e
responsabilidade”. E ao Sudão, para que “ponha fim a seu isolamento na
comunidade internacional” e atue com mais afinco para resolver a crise
humanitária e de segurança em Darfur, no oeste do país.
Por Amanda Almeida e Thiago Leal.
A independência do Sudão é
muito importante para história da África, pois é um país que se libertou de uma
guerra que estava sendo travada á mais de 50 anos,que passa por muitos
problemas(fome,miséria,brigas,conflitos) e com essa separação dos países existe
a esperança de uma melhora. Por Thiago Leal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário